Você já parou pra pensar o que pode significar o uso cada vez mais difundido de filtros em fotos nas redes sociais? Eles afinam traços, harmonizam a textura da nossa pele e corrigem uma série de outras "imperfeições".
A busca crescente por essa ferramenta de edição, no entanto, pode nos dizer bastante sobre uma população com forte descontentamento em relação à sua aparência. Esse fenômeno tem sua relevância ainda maior quando observamos pessoas mais jovens, em especial as mulheres. Esse elevado índice de insatisfação e busca pela perfeição, ocorre a partir do momento em que padrões de beleza inalcançáveis são normalizados pela nossa sociedade.
Os problemas envolvidos nesse processo são muitos e afetam tanto a saúde física, quanto mental. A quantidade de buscas por cirurgias plásticas, por exemplo, aumentou consideravelmente após o início da pandemia, período em que a grande maioria das interações sociais foi transportada para as telas de celulares, ganhando ainda mais espaço em ambientes como as redes sociais.
Além de procedimentos cirúrgicos, no entanto, que podem oferecer riscos à integridade física, o lado psicológico também precisa ser olhado com atenção. A manutenção de todos esses pensamentos disfuncionais e a busca por um padrão inatingível, pode favorecer o desenvolvimento de transtornos psíquicos, dentre os quais o transtorno dismórfico corporal, e os alimentares como a anorexia e a bulimia nervosa.
Seria possível, então, fugir da ditadura da beleza? A princípio, não existe uma resposta única para essa pergunta. Porém, consumir menos conteúdos de forma descriteriosa e aumentar a conscientização sobre seus efeitos nocivos, são estratégias que podem, com certeza, ajudar no enfrentamento desta questão.
Tive a oportunidade de conversar sobre este tema com a estudante de jornalismo Sarah Rabelo, da PUC Minas, que publicou no Colab uma matéria a respeito.
Confira o texto na íntegra aqui.
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